“As pessoas felizes lembram o passado com
gratidão, alegram-se com o presente e encaram o futuro sem medo”
Com esta frase atribuída ao filósofo grego
Epicuro, iniciamos contanto a história da chegada dos 12 primeiros imigrantes
germânicos provenientes da Silésia e do Reno, poucos dias antes do natal do ano
de 1849, iniciando assim a história de Linha Santa Cruz. São eles: o casal
August Wuttke (42 anos), católico, moleiro e Francisca Wuttke (33 anos) e os
filhos Guilherme (14 anos) Johana Maria (13 anos) Lucas (6 anos) e Juliana (4
anos); Frederich Tietze (28 anos), evangélico, moleiro; Carlota Tietze (30
anos), irmã de Frederich; August Raffler (26 anos), católico, lavrador;
Gottlieb Pohl (29 anos); August Arnold (43 anos) e August Mandler (30 anos),
que eram evangélicos e lavradores como profissão.
Depois de atravessar o oceano a bordo da barca
prussiana Bessel chegaram ao Rio de Janeiro em 15 de setembro, onde o 13°
imigrante, João Beckenkamp, foi convidado pelo imperador Dom Pedro II, para ser
o cocheiro do paço, só vindo para a colônia no ano seguinte. No dia 17 de
dezembro de 1849 chegaram a Rio Pardo, viajando pelo rio Jacuí no barco Bela
Francisca. Dois dias depois, 19 de dezembro, transportados por carretas de duas
rodas, finalmente pisavam em nosso solo. Eles se instalaram em choupanas ou
ranchos cobertos de palha de jerivá e cultivavam mandioca, milho, feijão,
batata e outros produtos da terra, introduzindo ainda a cultura do fumo,
iniciada com sementes cubanas, cujos primeiros relatos datam de 1852.
Estes colonizadores nos legaram um patrimônio
histórico que precisa ser preservado, como a rua mais antiga de Santa Cruz na
época denominada de Alte Pikade (Picada Velha), o prédio da cooperativa, a Cruz
dos Assmann, ao lado do Mercado Caminho de Casa, que eterniza uma promessa
feita em alto mar, durante uma viagem cheia de perigos, de erigir uma cruz,
caso chegassem ilesos ao destino. Temos também a escola mais antiga do
município, com 160 anos completos em 2013, uma escola comunitária fundada em
1853, mostrando que os nossos antepassados tinham a educação dos seus filhos
como primordial. Ela foi incorporada a rede estadual em 1970 e hoje leva o nome
de Affonso Pedro Rabuske, professor, regente do coral e líder comunitário.
Temos outros patrimônios culturais, como a Sociedade de atiradores que tem mais
de 130 anos de atividade e pontos turísticos mais recentes como a Igreja Santos
Mártires das Missões, o aeroporto Luiz Beck da Silva, o Seminário São João
Batista, a Escola Três Mártires, os bonecos Fritz e Frida no trevo de acesso do
bairro, No esporte temos o “Linha” (SBEC Linha Santa Cruz) que vai comemorar
seu 55 anos em 18 de janeiro de 2014.
Por Antelmo Stoelben
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